A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu incluir, recentemente, o Zolgensma, remédio considerado o mais caro do mundo, na lista de medicamentos e procedimentos com cobertura dos planos de saúde no Brasil. O Zolgensma é usado no tratamento da Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo I e custa cerca de R$ 6 milhões. A decisão da ANS segue a incorporação do remédio pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em dezembro de 2022. A mudança chave no acordo para o SUS é a implementação de um pagamento parcelado com base na performance da terapia. A proposta final sugere que o pagamento seja dividido em cinco anos, com 20% do preço do medicamento sendo pago a cada ano. A empresa solicitou o preço de R$ 12 milhões no país, mas a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) estabeleceu um preço máximo de venda de R$ 6,5 milhões. A alternativa pode melhorar a capacidade de tratamento de pacientes, apesar de ainda ser a um custo altíssimo.
O que é? Zolgensma é um medicamento revolucionário usado no tratamento de uma doença rara chamada Atrofia Muscular Espinhal (AME), que é uma doença genética que afeta a função muscular e pode levar à incapacidade. Atrofia Espinhal Progressiva (AEP) é uma variante da AME que afeta principalmente os músculos proximais das extremidades inferiores.
A grande vantagem do Zolgensma é que ele pode fornecer uma cura para a AME e AEP. Anteriormente, o tratamento era limitado a terapias de suporte, como fisioterapia e respiração mecânica. No entanto, com a terapia gênica, Zolgensma pode corrigir o gene defeituoso que causa a AME e AEP e, assim, permitir que o corpo produza proteínas que são necessárias para a função muscular.
Outra grande vantagem do Zolgensma é que ele é administrado em uma única dose intravenosa, o que significa que o paciente não precisa se submeter a tratamentos contínuos e prolongados. Além disso, os resultados são duradouros, já que a terapia gênica corrigirá permanentemente o gene defeituoso.